Pouso de emergência com Huck e Angélica, o piloto do avião é nosso irmão

‘Deus ajudou’, diz piloto sobre pouso de emergência com Huck e Angélica Após pouso forçado, avião parou perto de rodovia. Imagens gravadas com celular mostram cabine cheia de terra. Nove pessoas estavam a bordo.

Avião que levava os apresentadores Luciano Huck e Angélica, e os três filhos deles se acidentou nesse domingo (24). Outras quatro pessoas estavam a bordo do bimotor que fez um pouso forçado, na manhã deste domingo (24), em uma fazenda a cerca de 30 quilômetros de Campo Grande, Mato Grosso do Sul.

A família desembarcou em São Paulo no início da noite deste domingo. As primeiras informações são tranquilizadoras. Durante a tarde, a Santa Casa de Campo Grande divulgou nota dizendo que todos os ocupantes do avião passaram por exames e que nada de grave foi constatado, todos passam bem.

Eles pegaram avião com destino a São Paulo e são esperados no hospital Albert Einstein. Além do casal, estavam no avião os três filhos dos apresentadores, duas babás e a tripulação, piloto e copiloto.
Angélica estava desde terça-feira (19) no Pantanal gravando para o programa “Estrelas”. Ela, o marido, o apresentador Luciano Huck, os três filhos do casal e duas babás, embarcaram no domingo de manhã em um avião bimotor fabricado pela Embraer.

No avião, além deles, estavam o piloto, Osmar Frattini, e o copiloto, José Flávio Zanatto - um total de nove pessoas. O avião, segundo o fabricante, tem capacidade para dez passageiros.

O avião bimotor saiu por volta das 9h no horário local, 10h no horário de Brasília de uma fazenda em Miranda, no Pantanal de Mato Grosso do Sul, em direção à capital, Campo Grande.

Segundo o piloto, quando o avião passava pela Serra de Maracaju um dos motores parou de funcionar. Ainda segundo o piloto, o avião começou a perder altitude rapidamente. Faltavam dez minutos para chegar a Campo Grande.

O piloto disse que avisou à torre de controle e ao esquadrão de resgate da Força Aérea que iria fazer um pouso de emergência. E começou a procurar uma área plana para aterrissar.

O piloto relatou que, na hora que encontrou o pasto, desligou o motor que ainda funcionava, para evitar o risco de uma explosão. E decidiu pousar de barriga, sem baixar o trem de pouso, porque temia que o avião capotasse. O bimotor pousou em uma fazenda, que fica a 30 quilômetros de Campo Grande.

O avião ainda bateu em uma cerca e parou perto de uma rodovia, que passa ao lado da fazenda. Imagens gravadas com celular logo após o pouso mostram a cabine cheia de terra e revirada.

Bombeiros e um helicóptero da Força Aérea participaram do socorro.

"Ele já procurou um espaço para que ele pudesse fazer o pouso de emergência. Você vê que aqui é uma região bastante acidentada, ele conseguir esse espaço e fazer esse procedimento é algo de bastante perícia", disse o capitão do Corpo de Bombeiros Silvio Romero.

"Ele conseguiu aí fazer um pouso forçado, vamos dizer, com sucesso, e dado aí a energia envolvida no acidente aeronáutico, tenho certeza aí que foi uma sobrevida, uma segunda chance para esses tripulantes, passageiros e o piloto foi muito bem na operação dele, com certeza", afirmou o capitão do Exército Mauro Pascale.

Na chegada ao pronto socorro da Santa Casa de Campo Grande, o piloto, que tem 30 anos de experiência e disse que nunca tinha sofrido um acidente aéreo, falou sobre o pouso de emergência deste domingo.

Osmar Frattini, piloto: Deus ajudou.  
Fantástico: Mas por que o senhor não baixou o trem de pouso?  
Osmar Frattini: Porque se baixar o trem de pouso, já complica.  
Fantástico: Mas o que aconteceu?  
Osmar Frattini: Uma pane.

Logo que ele conseguiu aterrissar, o piloto ligou para esposa e contou como foi que conseguiu pousar o avião em segurança. “As bombas de combustível falharam. A primeira falhou, ele tentou a outra. Porque esse avião tem duas bombas de combustível. E a outra também falhou. E o motor parou. Daí ele teve que procurar um local melhor para pousar e ele estava sobre a serra. Ele tentou voltar para outra direção, não em direção ao aeroporto mas que estava dez minutos fora e um lugar melhor para pousar, para poder salvar todo mundo”, diz Lucilene Vaz, a mulher do piloto.

Angélica chegou ao hospital em uma maca e Luciano Huck caminhando com dificuldades. Um dos filhos do casal teve um corte no rosto. O copiloto também se feriu porque bateu com o peito no manche do avião. As duas babás foram as que tiveram ferimentos mais leves, algumas escoriações. O grupo passou por uma série de exames, entre eles tomografia e raio-x.

Luciano Huck estava com dores e com suspeita de fratura em uma vertebra. E Angélica chegou de maca com suspeita de fratura na bacia.

No meio da tarde, a Santa Casa de Campo Grande divulgou um comunicado informando que todos os ocupantes do avião foram submetidos a exames e que todos passam bem. O hospital informou que a pedido das famílias não divulgaria mais informações.

O avião pertence à empresa Mato Grosso do Sul Taxi Aéreo. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil, a Anac, o avião está em situação regular. E com a manutenção válida até 12 de junho.

Uma equipe da Aeronáutica já iniciou as investigações sobre as causas do pouso forçado. Testemunhas que ajudaram a socorrer a família de Luciano Huck e de Angélica contaram que o piloto descreveu como foi esse momento e que teve pouco tempo para pensar em uma saída.

"Ele tinha 10 minutos para poder conseguir salvar todo mundo. Foi aonde eu falo que ele é um grande piloto. Ele poderia ter explodido o avião se ele não tivesse desligado tudo. E ele teve toda sabedoria para desligar tudo e Deus abençoou que eles conseguiram sair em vida e todo mundo bem", conta Edineuza Sanches, testemunha do acidente.

No início da noite, Angélica e Huck foram transferidos da Santa Casa para a Base Aérea de Campo Grande e de lá, levados em uma UTI Aérea para São Paulo.

fonte: globo.com

Logo abaixo o testemunho do piloto na igreja:
No testemunho ele termina dizendo que de momento não pode voar, mas quem nasceu para voar, vai voar.

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